segunda-feira, 25 de abril de 2011


NÃO É FÁCIL SER EU

-ROSE AROUCK-


Não é fácil ser eu;

ninguém me entende.

Faço voltas

sem escoltas

e nada mais me surpreende.


Ser eu é enigmático,

Surreal, pragmático...

Tentador de certa forma.

O primeiro degrau da plataforma.


Ser eu é ser múltipla,

estorvo pra quem resulta

a tirar falsa conclusões.

Sou as dezenas de aparições;

displicente e permissiva,

só eu me faço abusiva...


Fazer como?

Se sou sozinha comigo?

Conversar com meu umbigo?

Mas isso é quase delírio

ninguém ouve o que eu digo

ninguém me presta atenção.


Ser eu é ser confusão,

é derrapar na ladeira,

é furar a brincadeira,

atiçar a peça inteira.

Ficar só de botuca...


Ah! Acho que ser eu é ser maluca,

é perigo público na certa,

é pedalar na hora incerta.

Não me deixe ser só eu,

sou o mal que escafedeu

no declive que morreu...

Caramba! Veja o que deu...

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